lesão de Reto Femoral e o Pilates
O reto femoral é o músculo mais superficial e anterior do complexo do quadríceps (no compartimento anterior da coxa). Esse músculo biarticular se origina na espinha ilíaca anterior e na cápsula articular do quadril e é importante para a flexão do quadril e extensão do joelho (Taylor, 2012).
As lesões musculares são as mais comuns durante as atividades esportivas, representam 31% de todas as lesões no futebol, 10,4% no rúgbi, 17,7% no basquete e podem variar entre 22% a 46% no futebol americano (Mueller et al, 2013).
A depender do tipo de lesão, o tecido fibrótico resultante da cicatrização pode comprometer a função muscular, o que é um problema desafiador para a ortopedistas e Fisioterapeutas (Huard, 2002).
A classificação de O’Donoghue
Divide as lesões musculares em três tipos, de acordo com o tamanho e a perda funcional: tipo 1, lesões teciduais irrelevantes; tipo 2, lesões teciduais associadas à redução de força no complexo músculo-tendão e tipo 3, ruptura completa do complexo músculo-tendão e perda funcional completa.
Os músculos biarticulares com fibras musculares do tipo II submetidos a contração excêntrica apresentam maior risco de novas lesões. Um exemplo desse tipo muscular é o quadríceps femoral (Anderson, 2001).
O reto femoral é o músculo quadríceps femoral mais frequentemente envolvido em lesões por estiramento. A ruptura ocorre durante a fase de aceleração da corrida, no salto, ao chutar uma bola ou durante a contração contra resistência (Noonan, 1999).
O reto femoral é o músculo mais superficial e anterior do complexo do quadríceps (no compartimento anterior da coxa). Esse músculo biarticular se origina na espinha ilíaca anterior e na cápsula articular do quadril e é importante para a flexão do quadril e extensão do joelho. O mecanismo de lesão desse músculo geralmente envolve contração excêntrica explosiva. Portanto, esse é o músculo mais comumente lesionado (Straw et al, 2003).
TTO Conservador
Embora os tratamentos conservadores possam obter resultados aceitáveis, é comum que os pacientes apresentem menor força muscular, atraso no retorno à atividade física e um gap permanentemente visível e palpável, conforme o grau da lesão um tratamento cirúrgico deve ser o mais indicado, porém o atleta/paciente não deixará de realizar um tratamento pré-operatório e Fisioterapia e Preparação Física pós operatório.
Portanto o trabalho do Fisioterapeuta e Professor de Educação são essenciais no tratamento e prevenção das lesões.
Por isso existe a importância de entender o mecanismo da lesão, a precisão no diagnóstico e um tratamento realmente efetivo, utilizando o que tem de melhor e mais atual, dentre as técnicas já conhecidas como PRICE, Eletroterapia, Exercícios Cinesioterapeuticos, a Utilização de Recursos farmacológicos, atividades como Pilates, Hidroterapia, terapias manuais, muito exercício proprioceptivo e fortalecimento muscular adequado e respeitar o tempo de recuperação dentre outros equipamentos que julgue necessário.
Embora acredite que o Pilates é um método de exercício que deve ser usado na prevenção de lesão, mas como o Pilates pode ser utilizado também na recuperação de atletas devido sua atividade ser cinesioterapia pura e que, o Pilates trabalha reduzindo o desiquilíbrio muscular, consequentemente, diminui os riscos de lesões e para os que já estão lesionados, diminui as recidivas de lesões, portanto, porquê não utilizar o método Pilates?
Porém, se você ainda não utiliza o método Pilates na reabilitação e prevenção de lesão, sugiro que assista uma parte de curso que promovemos sobre lesão e prevenção através do Pilates, utilizando os pontos chave na reabilitação e prevenção CLIQUE AQUI
Escrito por:
Camilo Barbosa Junior Crefito3 150302-F
Professor de Cursos de Pilates e Ortopedia – Pilates Fisio Fitness, Fisioterapeuta Esportivo da HWT Sports, Especialista em Fisiologia do Exercício, Especialista em Reabilitação Aplicada ao Esporte (Unifesp), Especialista em Pilates, Pós-graduando em Formação Docente no Ensino Superior. Pilates e Entorse de Tornozelo
Contatos pessoais: 11 967811979 (whatsapp), Instagram e Facebook
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Referências
Taylor C, Yarlagadda R, Keenan J. Repair of rectus femoris rupture with LARS ligament. BMJ Case Rep. 2012;
Järvinen TA, Järvinen TL, Kääriäinen M, Kalimo H, Järvinen M. Muscle injuries: biology and treatment. Am J Sports Med. 2005;33(5):745-64.
Mueller- Wohlfahrt HW, Haensel L, Mithoefer K, Ekstrand J, English B, McNally S, et al. Terminology and classification of muscle injuries in sport: the Munich consensus statement. Br J Sports Med. 2013;47(6):342-50.
Huard J, Li Y, Fu FH. Muscle injuries and repair: current trends in research. Bone Joint Surg Am. 2002;84A(5):822-32.
Anderson K, Strickland SM, Warren R. Hip and groin injuries in athletes. Am J Sports Med. 2001;29(4):521-33.
Straw R, Colclough K, Geutjens G. Surgical repair of a chronic rupture of the rectus femoris muscle at the proximal musculotendinous junction in a soccer player. Br J Sports Med. 2003;37(2):182-4.
Shimba L G, Latorre, G C, Pochini A C, Astur D C, Andreoli C V. Surgical treatment of rectus femoris injury in soccer playing athletes: report of two cases. r ev b ras or top . 2 0 1 7;52(6):743–747