De uma forma resumida vamos falar sobre o Critério de Retorno ao Esporte, porém não vamos estender a todas as lesões, vamos falar apenas da mais comum entre elas e discorrer sobre quais os testes devem ser utilizados para retorno ao esporte.
As lesões musculares compreendem 33% a quase 50% do total de lesões em alta demanda esportes como futebol, americano futebol e atletismo.
Mais de 50% dessas lesões musculares envolve a coxa, com o tendão sendo o mais comum envolvido. Um dos desafios mais difíceis associados com essas lesões é a alta taxa de recorrência.
A recorrência foi relatada uma taxa de lesões por esforço nos isquiotibiais 12% e 33% com recorrência da tensão do quadríceps um pouco menos 7% a 20%. Mais de 50% dos isquiotibiais as lesões recorrentes ocorrem dentro de 1 mês após o retorno ao esporte desde o início lesão, demonstrando o desafio de retornar com segurança a praticar esportes dentro da mesma temporada competitiva.
De fato, a taxa de lesões nos isquiotibiais mostrou ter aumentado 4% ao ano em uma coorte de futebol de profissionais jogadores. Lesões nos isquiotibiais isoladamente foram relatadas em média 90 d de afastamento por clube por temporada no futebol profissional.
Como saber quando meu atleta pode voltar a jogar? Para ajudar no critério de retorno ao esporte, alguns testes e exames são propostos dentro da prática clínica.
O uso do ultrassom é talvez o mais fidedigno dentre os exames complementares, já na prática clínica e na atuação do Fisioterapeuta Esportivo os testes funcionais são os mais utilizados.
Ainda hoje critérios de retorno como tempo de recuperação da lesão, protocolos de reabilitação e pós operatórios, mas tudo isso deve ser aliado aos testes funcionais.
Os testes de desempenho funcional mais comuns usadas são:
Single Leg test
Excursion Leg TestStep Down Test
Y Balance Test
Triple Single Leg
Crossover Single Leg
Testes estes realizados por tempo ou distância.
É consenso na literatura que para o retorno ao esporte é necessário que o membro acometido possua ao menos 80% da capacidade do membro não acometido.
Os testes incorporam inúmeras variáveis da função da extremidade inferior, incluindo: controle e coordenação neuromuscular, força muscular e dinâmica, e estabilidade articular dinâmica geral. Muitas medidas de desempenho funcional foram validadas e demonstram confiabilidade, especificamente os testes de salto.
Hoje o The limb symmetry index (LSI) foi elevado para valores entre 90 a 95% da capacidade do membro lesionado em relação ao não lesionado, diminuindo a incidência de recidivas.
Referências
Mederic M. Hall, MD. Return to Play After Thigh Muscle Injury: Utility of Serial Ultrasound in Guiding Clinical Progression. American College of Sports Medicine, 2018.
Christie Powell, MSPT; Dr. Jody Jensen, PhD; Dr. Samantha Johnson, DPT. Functional Performance Measures Used For Return-to-Sport Criteria in Youth Following Lower Extremity Injury. Journal of Sport Rehabilitation, 2018.
Gostou desse artigo? Acesse também outros artigos AQUI
Gostaria de convidá-lo (a) a conhecer nosso curso de Pilates na Prevenção e Reabilitação de Coluna e Ombro, onde tudo que aprendemos aqui e muito mais está presente SABER MAIS
Nesse curso aliamos todo nosso conhecimento e expertise na reabilitação de atletas profissionais e amadores ao longo de 10 anos
Escrito por:
Camilo Barbosa Junior Crefito3 150302-F
Professor de Cursos de Pilates e Ortopedia – Pilates Fisio Fitness, Fisioterapeuta Esportivo da HWT Sports, Especialista em Fisiologia do Exercício, Especialista em Reabilitação Aplicada ao Esporte (Unifesp), Especialista em Pilates, Pós-graduando em Formação Docente no Ensino Superior. Pilates e Entorse de Tornozelo
Contatos pessoais: 11 967811979 (whatsapp), Instagram e Facebook
Deseja realizar seu curso de Pilates Completo, acesse nosso site e saiba mais.